Segundo reportagem do portal UOL publicada nesta 6ª feira (25.abr.2019), delações de executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez apontam que o senador José Serra, políticos do PSDB de São Paulo e operadores ligados ao grupo cobraram ao menos R$ 97,2 milhões em propinas ao longo de 8 anos.
Investigados na Justiça Eleitoral no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e pela Lava Jato do Estado e de Curitiba, os delatores indicariam o senador José Serra (PSDB-SP) com o maior beneficiado. O senador teria recebido R$ 39,1 milhões, obtidos em contratos de obras de infraestrutura com o governo de São Paulo, para caixa 2 de campanhas políticas. Serra foi governador do Estado de 2007 a 2010.
Os recursos seriam destinados também para caixa 2 de campanhas do PSDB. Além do senador, as delações citam o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD-SP). E apontam que os desvios teriam sido feitos de 2004 a 2012.
No final de 2018, o STF (Supremo Tribunal Federal) enviou parte do inquérito contra Serra para ser investigado pela Justiça Eleitoral, já que os crimes teriam sido praticados com a intenção de financiar eleições antes do início do mandato do senador. Por entendimento do STF, a ação não justifica foro privilegiado.
As investigações seguem no TJ-SP, na esfera eleitoral pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e na criminal pelas forças-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo e Curitiba.
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